2.3.11

Saudades

Deitada na minha cama, olhando para o teto, escutando música e ligeiramente entediada. Isso me faz pensar em como você ocupa meu tempo. Em como você faz isso bem. Me faz lembrar como apenas estar ao seu lado, vendo imagens frenéticas na televisão ou os nossos pés mexendo juntos, me deixa feliz como nunca imaginei que pudesse ficar. Quem diria que um dia eu ficaria assim! Quem diria que um dia alguém me deixaria assim!

Quando a gente acaba dormindo por uma razão ou por outra e eu te vejo acordando ao meu lado, isso também me deixa incrivelmente feliz. Olhar para você e ver que o seu sorriso corresponde ao meu me deixa triplamente feliz. Uma felicidade que há até pouco tempo eu considerava utópica. Admito que me tornei muito daquilo que nunca compreendi ou sequer acreditei. Como diria o poeta: Keep the faith!

Certa vez me iludi ao ponto de achar que amava alguém. Não. Não era bem isso. Agora eu posso verdadeiramente e conscientemente falar “Eu te amo”, sabendo o que isso significa. Sei também qual é a diferença entre amar meus amigos e amar você. Paradoxalmente se alguém um dia me pedir para explicar o que é isso, sinto muito, não sou capaz de descrever em palavras o que acontece comigo. O que você despertou em mim. O que você me mostrou ser real.

Agora que você está longe eu fico sem saber o que fazer certas horas do dia. Me perco sem ter você ao meu lado. Sei que você não vai ficar longe por nem 10 dias, mas... caramba! Como eu sinto a sua falta! Será que dizer isso seria exagero da minha parte? Antiquado? Ou apenas sincero?

Procurei alguma coisa que pudesse funcionar como intermediária entre o aperto que não larga meu coração e você. Acabei encontrando algo muito além do que procurava. Algo que juntou tudo o que venho descobrindo nos últimos meses e me mostrou que a felicidade que eu acreditava ser impossível existe. E que agora eu também sei o que é. Assim que você chegar eu mostro o meu novo achado.

Ainda faltam alguns dias. Não consigo deixar de te procurar em fotos, de tentar achar seu cheiro nos meus braços, o seu abraço em um simples travesseiro. Meu cérebro sabe que daqui a pouco você está de volta, mas ele esqueceu de dividir essa informação com outras partes de mim. Sei que tudo isso pode parecer demais, que minha saudade por um lado até pode ser positiva. Na verdade, o que eu preciso mesmo, é te dizer como me importo com você, como você é importante para mim e como eu sinto a sua falta.

Baseado em: I miss you, da banda Incubus. Composta por Brandon Boyd, Michael Einziger, Alex Katunish, Christopher Kilmore e Jose Pasillas. Faixa 11 do disco Make Yourself, de 1999.




Notas da autora:

1) Esse texto foi escrito no dia 20 de fevereiro;

2) Desculpem pelo abandono, espero conseguir voltar ao ritmo agora que as férias estão quase no fim e minha preguiça eterna deve ir com elas.

3 comentários:

  1. oooooooooooooooohhhmmmmmmmmmmmmmmmmm

    Nós (os apaixonados) lhe saudamos senhora Dutra!
    Seja bem vinda ao seleto clube dos que amam!

    Maninha, que orgulho!

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  2. bem vinda ao clube [2]
    ^^

    e achei bonitinho o texto!
    Fer

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  3. Era uma vez uma Princesa...

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